Está tão bem assim sozinha. Às vezes até sente culpa por não precisar de ninguém. Será normal? A liberdade cai-lhe bem. Assim como o verão, que está à porta. Não importa se algum dia ou em breve alguém vai amá-la de verdade, atualmente vai se amando a ela própria, se admirando, se curtindo. As tormentas emocionais do passado não são mais do que golpes de aprendizagem. Quando percebeu que era pessoa de “tudo ou nada” não aceitou mais “meios- termos”, e a vida seguiu em frente. Por agora resolveu dedicar-se a si mesma. Fortalecer o seu lado interior, fazer coisas novas, decorar a sua alma, aumentar o volume do silêncio e encontrar a sua calma.
Não dá para viver um amor
meio-termo. Na verdade, nada “meio-termo” serve: gente que vive ‘em cima do
muro’ irrita-a, água morna não serve nem para fazer chá e amores desses
(fraquinhos) só servem para gente carente. AMOR (a sério) foi feito para pessoas
inteiras!
Vai reparando que pessoas do Bem, como ela, estão sentindo o mesmo,
pelo que vê partilharem na rede social. Acha que muita gente anda cansada das
pessoas!!! Da complicação que fazem por coisas simples. Jogos de (des)interesses.
Egoísmos. Futilidades. Falta de palavra, falam por falar. Montanhas a parir
ratos. Vidas vazias. A cada dia que passa o que mais se vê é um mundo de
pessoas superficiais, uma sociedade pautada por pressões de desinteresses, os
tais jogos. Fora essas disputas de quem tem mais e mais, disputam até opiniões,
sendo que as melhores coisas da vida não são disputáveis, elas são vividas,
intocáveis e sentidas.
Vivemos na geração da
superficialidade. É muita problematização, amores descartáveis, interesses
unicamente em aparências e posições sociais. É a era das falsas promessas, das
competições de desinteresses, da mesquinharia, do descartável…
gente pseudo famosa que casa-descasa, faz filhos deste e daquele… que
exemplos?...pobres crianças - “mas quem será o pai da criança?”… Inverteram-se
as prioridades hoje em dia: o que é banal tem audiência, e o que tem boa
essência é posto de lado.
Sim, também há no mundo muitas
pessoas de bem, bem-intencionadas, algumas delas extraordinárias de
generosidade. Mas há sobretudo manha, vileza, maldade, os sacanas, grandes e
pequenos. Os que exploram e se aproveitam da pureza dos outros, ou de quem
ainda a tem. Há os ‘senhores do mundo’ que fazem a mente dos mais fracos. E as
pessoas ficam robotizadas, incapazes de reagir, de gritar, de explodir. Cheira
a morte. A liberdade existe mas é muito condicionada pelo consumismo, pela
troca mercantil, pelo comércio. As pessoas, algumas, até se divertem, mas no
geral estão doentes ou cheias de medo. É a esquizofrenia global.
E desta forma ela fica com os seus
pensamentos, à espera que alguém se lembre dela, uma vez ou outra, com uma mensagem, um telefonema, que a
farão feliz e sentir-se acompanhada. Porque anda a olhar para dentro de si
mesma há bastante tempo, não por egoísmo, mas por maturidade.
Aprendeu a afastar-se de quem não
precisa dela. Espera tudo de si mesma e nada mais dos outros, assim viverá melhor,
sem expectativas!
E quando alguém se interessar em fazê-la feliz, ela vai retribuir. Hoje em dia
isso é tão raro, então não pode deixar de aproveitar essa chance.
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