sexta-feira, 22 de março de 2019

Ser feliz é...

… uma escolha
… sentir gratidão ao acordar todas as manhãs, quando nos olhamos ao espelho
… ter talento para afastar pessoas e pensamentos negativos da nossa vida, e ignorar o que não interessa… ou seja: ser capaz de praticar o desapego…
...
Não sei se alguém ainda se interessa pelo que aqui escrevo, mas apeteceu-me continuar a falar sobre “ser feliz”… Parece que mantenho a minha essência (meio) hippie … ou estou no caminho certo para lá… cada vez menos agarrada a coisas e pessoas (a não ser que estas demonstrem que vale a pena dedicar-me a elas…) – quando a gente ama, se apega, é uma verdade – a comer cada vez menos porcarias, e a privilegiar o que é frugal e de qualidade…
Incluo-me na nova onda hippie do século 21, que não necessita de drogas.

Os hippies da década de 60 gostavam de alterar a consciência através de drogas psicodélicas, agora tentam entrar num estado de felicidade verdadeira através da meditação e da dança, fazem yoga, atividades holísticas, procuram comidas naturais e orgânicas e estar em sintonia com a própria natureza. 
Gosto disso tudo, é a minha cara!

Nota-se uma nova consciência: mais interesse na utilização de energias alternativas, o envolvimento em causas sociais, a procura de mais conhecimento aproximando-se de culturas milenares focadas na disciplina e na eliminação do ego, como por exemplo a cultura indígena, o hinduísmo, budismo, taoísmo, e outras. Reina o espírito do desapego, que é fundamental, e isso não é para qualquer simples mortal. Começa a haver comunidades e eventos que são como uma espécie de grande reunião familiar onde se juntam idosos, adultos, jovens e crianças. E são proibidos álcool, drogas e qualquer tipo de substância que tire a perceção do momento. Afinal, a consequência do uso de qualquer substância que altere estados de consciência levará à dependência física e psicológica a médio/longo prazo, entrando em contradição direta com uma cultura que preza pela LIBERDADE. Como ser LIVRE, se sou dependente?
Já vou conhecendo pessoas que vivem em caravanas, começo a ter conhecimento de retiros (ecovilas ou ecoaldeias) para hippies, quem sabe um dia… Aí vivem de maneira sustentável, em comunidade, e quase sempre há uma vertente espiritual que os mantém ligados e dita a ética dentro dessas comunidades. Praticam técnicas avançadas de permacultura, cultivos orgânicos, atividades em grupo, construção das próprias casas com materiais recicláveis, manutenção das áreas comuns, escolas com metodologia focada na criatividade das crianças e dos jovens, reutilizam as águas da chuva, etc.
Pessoas comuns, espertas, muitas com altos estudos, mas que se sentem infelizes apesar de todo o esforço para se manterem nos altos estágios da sociedade. Então perguntam a si mesmas se vale a pena ficarem presas a um emprego que não lhes diz nada, trabalhar para consumir e consumir para trabalhar, simplesmente pelo dinheiro ao fim do mês, e porque perceberam a farsa de um sistema criado para gerar cada vez mais necessidades e fazer-nos acreditar que estaremos mais felizes e plenos se atingirmos o Estágio XPTO! Não estaremos… então, pensam que será melhor diminuir as próprias “necessidades” e tornar-se LIVRE… Com uma falta de sentido profundo na vida resolvem parar, largar a sua zona de conforto, tentam livrar-se do stress e dos antidepressivos ou ansiolíticos que tomam à noite para dormir.
Diz-se que atualmente no planeta Terra apenas 62 pessoas detêm 50% de toda a riqueza a nível global, e que essas 62 pessoas não são as mais felizes do planeta, pelo contrário, provavelmente viverão diariamente preocupadas em ter que gerir a sua enorme fortuna. Que felicidade?
A vida tem me ensinado que ser feliz não é uma meta, mas uma opção de vida. Todos os dias escolho ser feliz! 


E… SER FELIZ sem motivo é a mais autêntica forma de felicidade! 
Estou nessa vibração, namastê! (apeteceu-me)

2 comentários:

  1. Ainda bem que te conheço ... sei que és capaz disso tudo porque tu mereces ser feliz. Quando te decidires dá um alô... porque para eu experimentar só dava com uma pessoa que faz posts para eu ler, que é inteligente, interessante e culta para além de ser um pedaço de mau caminho... Mas gostei dessas tuas aventuras sondadas na presunção da mudança de um mundo que cada dia que passa se torna menos apetecível...
    Não te esqueças e se não te importas, conta comigo!
    Mas promete-me que me deixas ser LIVRE ... não há liberdade se as mãos estiverem presas.
    Dia bom e Bjão

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