Foi ontem, mais um dia do
Pai.
Uns querem sê-lo e não lhes permitem. Outros fogem à responsabilidade e deixam filhos por aí destrambelhados,
que nunca entenderão por que foram renegados… Assim é o mundo:
Mortes por violência
doméstica, praticamente todos os dias. Pedofilia até na igreja! Catástrofes
naturais aqui e ali. Guerras pelo poder e pelo vil metal em vários sítios do
mundo. Fome. Miséria, mais ainda a mental do que a outra… como é possível viver feliz
num mundo como este? Boa pergunta!
É que hoje é o dia
internacional da FELICIDADE, comemorado pela primeira vez em 2013, após aprovação pela ONU. Este dia
visa promover a felicidade das pessoas e mostrar como esse sentimento é
fundamental para o bem-estar das nações… soa hilariante, não?
Segundo li, a criação
deste dia surge por sugestão do Butão, um pequeno reino budista localizado
nos Himalaias que desde 1972 adota como estatística oficial a "Felicidade
Nacional Bruta" em vez do Produto Interno Bruto (PIB).
Quero ir para os
Himalaias!...
Estudos revelam que Portugal é um dos países mais infelizes da
Europa, o terceiro país europeu com maior uso de antidepressivos! (not me!)
Porém…será que as
estatísticas incluem quem sabe disfarçar bem uma felicidade? Pois esta relaciona-se
não só com a personalidade, mas também com a disposição e a forma de estar das
pessoas… (o que me faz feliz a mim pode não fazer a outro, e vice-versa)…
O ser humano é deveras complicado (e bota complicação nisso) mas…
bora lá…temos que viver, de alguma forma nos abstraindo do que se passa ao nosso redor,
desligar a TV, ler um bom livro, passear à beira mar, ouvir música, dançar,
conhecer pessoas do BEM, namorar de mão dada, se por acaso acontecer, e beijar
na boca…
Que o nosso principal lema seja ‘ser SÃO
num mundo insano’, em regime de tempo integral, e assim os anos vão passando, simplesmente
sentindo-nos bem com nós próprios, e a vida ficará mais leve, apesar de alguns percalços
aqui e ali…
Vamos
lá ser felizes, custe o que custar?
FELICIDADE
O que é a felicidade?
Será perceber a tristeza de perdermos as coisas boas que já temos?A felicidade é manutenção.
É “não me deem nada do que eu peço mas também não me tirem
nada do que eu preciso”.
É a mais ingrata de todas as resignações: "Sim, facilmente me imagino numa situação ainda mais aflitiva do que a minha.”
A felicidade são comparações.
É a mais ingrata de todas as resignações: "Sim, facilmente me imagino numa situação ainda mais aflitiva do que a minha.”
A felicidade são comparações.
Schopenhauer definiu o prazer, gratuitamente, como a
ausência do sofrimento. Mas isso não é prazer. Prazer é prazer. Nem tão-pouco a
felicidade é a ausência de infelicidade. Felicidade é felicidade.
Mas a imaginação das tristezas que não se têm — sabe-se lá
por que sortuda combinação de circunstâncias — ajuda muito. Para se ser feliz
ajuda muito ter-se uma boa imaginação: quer nas coisas em que se pensa ter
sorte, quer nas coisas em que se pensa podermos ter tido mais azar.
Ser feliz é o conforto de uma hesitação: “Sei lá o que posso fazer para ser mais feliz...”
Ser feliz é o conforto de uma hesitação: “Sei lá o que posso fazer para ser mais feliz...”
Mais feliz? A sério? Mais feliz não existe. Só existe feliz
e infeliz.
A pergunta realmente triste é “será que sou feliz sem o saber?”.
A pergunta realmente triste é “será que sou feliz sem o saber?”.
A felicidade é indiferença. É bocejar quando se fala no
assunto. É achar que é tudo uma questão de sorte. E é, sobretudo, a asquerosa
insensibilidade perante a tristeza que vem do azar e da realidade da vida e de
viver.
É da tristeza — e só da tristeza — que deveríamos falar.
É a infelicidade que é difícil de definir, por estar tão
espalhada.
O resto — incluindo a felicidade — é só chatice.
O resto — incluindo a felicidade — é só chatice.
Miguel Esteves Cardoso.
in Público de 15 Jan'16
Também gostei... já quando o tinha lido a primeira vez! Eu sou mais de gostar de me sentir... de ser... de amar... os contrários deixa-me triste e como diz o MEC para isso falava de tristeza!
ResponderEliminarVantagem é, dizer e sentir o “vamos lá ser felizes”!
Bão e então? Bamos... a ela!
Bjão de um doidão...
Ahahah e esquece as chatices...
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