terça-feira, 25 de dezembro de 2018

Natal 2018


Mais um que está a acabar, felizmente para muitos de nós, com pena para outros...
O que parece é que nesta altura fica ainda mais evidenciada a falta de tudo o que é tão 'anunciado' nesta data festiva:

*paz*
*união*
*alegria(s) *
*esperança(s) amor*
*sucesso realizações respeito* 
*harmonia saúde dignidade solidariedade*
*humildade confraternização pureza de sentimentos*
*amizade sabedoria autenticidade perdão igualdade liberdade*
*oportunidade(s) sinceridade fraternidade equilíbrio fé força benevolência* 
*gentileza paciência tenacidade prosperidade*etc*bla*bla*bla*bla*bla*bla*bla*bla*
blablabla
blabla
.....
Onde está tudo isso?...Algo poderemos ainda colher dessa "meia árvore", talvez a nossa alegria interior - e não permitamos que a roubem de nós - a saúde (acima de tudo) e a fé, a sabedoria... sabendo e acreditando que tudo depende de nós, então que se lixe o que vai ao nosso redor, sem interesse algum...

Há muita gente com o coração negro uma vida inteira, dão dó, mal conseguem disfarçar o que lhes vai na Alma. Se se nasce com carma ou outra coisa qualquer, sabemos lá! A verdade é que conseguem sugar a energia de outros, de modo inconsciente, infelizmente, de tanto que reclamam...  pessoas que acabam sozinhas, e ainda se perguntam porquê...
Famílias que se juntam 'na noite' ou no dia seguinte - nem que sejam três ou quatro 'badamecos' (quando a família vai desaparecendo, por vários motivos) - sem terem se comunicado durante o ano inteiro, quanto mais abraçado... mal se conhecem uns aos outros, são como estranhos...crianças que crescem sem conhecerem tios e tias, etc. (...) por aí fora, vários exemplos poderia dar aqui...Se não for possível ignorar isso, ou seja, fazer a chamada "cara de pau", instala-se uma tristeza enorme e melhor seria nem ter aparecido na "festa"...
Podemos cair na asneira de querer retribuir 'na mesma proporção' o que recebemos, mas no nosso interior ficamos doentes por isso não corresponder à nossa verdadeira essência. Mas é assim, é este o mundo que temos, e sem sabermos onde vai parar... e eu cada vez mais cáustica em relação a ele, é verdade!

Porém, nunca deixo de salientar que há sempre o reverso, para compensar... Há muita coisa linda para apreciar no (nosso) Universo!
Agora venha daí NOVO ANO, com fé que muita coisa irá melhorar para nós e para quem mais amamos. 

À medida que cada ano chega ao fim temos que cuidar bem de nós e de quem gostamos e que nos rodeia, evitando acidentes, porque não há mais em stock peças de reposição para gente que vale a pena; certas pessoas já são modelos antigos, muito valiosos portanto, há que saber preservar!

Bem hajam todos e todas que por aqui passam, e me estimam! EU

sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

Gratidão

Adeus 2018, Olá 2019

A escassos dez dias de terminar o velho ano e dar as boas vindas ao novo período de 365 dias, cheio de incertezas, é tempo de introspeção. O que desejo para mim será o mesmo que a maioria das pessoas deseja para si. Somos assim: todos iguais, todos diferentes.

Regra Nº 1: livrar-me da péssima mania de ter expetativas em relação a qualquer coisa ou pessoa. Viver simples e naturalmente. Deixar fluir. Não há bem que sempre dure nem mal que nunca se acabe. Assim é a nossa passagem por aqui, com altos e baixos. Fé e otimismo, pois felizmente há sempre um reverso. 
Melhor contar apenas comigo mesma. Fácil de dizer, eu sei, mas é um pouco complicado fazê-lo. Mas se o conseguir, livrar-me-ei de uma das maiores fontes de frustração, raiva, desapontamento … 
Ficarei mais leve nas minhas relações com os outros; haverá menos stress, e as minhas experiências e relacionamentos tornar-se-ão mais autênticos.

Evitar dar pérolas a porcos...Não é errado sermos boas pessoas. Errado é sermos bons para as pessoas erradas. Esse sim é grande erro!

Vou acreditar que o Universo é perfeito, que existe a Lei da Atração, para ajudar a elevar a minha vibração e levar uma vida mais consciente e alinhada com os meus propósitos.

Deixo aqui escritos alguns pensamentos otimistas, os que mais se encaixam na minha maneira de querer SER e estar, para poder lembrar-me deles sempre.

⇢ Conforme trabalho com a Lei da Atração, a minha Vida continua a mudar para melhor.
⇢Quando eu me permito tempo para relaxar e aproveitar a minha vida, as coisas seguem o fluxo natural e se encaixam da melhor maneira possível.
⇢A criação não é um processo difícil. Quanto mais eu focar-me na simplicidade, mais eu testemunho as maravilhas ao meu redor.
⇢ Quanto melhor eu compreender que tudo existe por algum motivo, mais eu me permito descobrir quais são esses motivos e qual o respetivo significado na minha vida.
⇢Sou uma pessoa única, tenho todo o poder e capacidade para ser feliz e ser amada, e saber retribuir essas dádivas.
⇢ O meu sucesso e felicidade dependem de mim, e depois vão inspirar as pessoas que me rodeiam, uma forma de contagiar o mundo de forma positiva.
⇢ Está nas minhas mãos a habilidade de alcançar estados superiores de consciência.
⇢ Acima de mim existe um poder maior, que tem os melhores interesses para a minha vida.
⇢As experiências negativas têm o objetivo de ensinar-me (sempre) e mostrar-me aquilo que deixou de ter valor, e eu possa então dedicar-me ao que realmente me fará crescer.
⇢Quando eu desistir de querer controlar tudo, as coisas começam a fluir mais naturalmente na minha vida.
⇢Quando me dedico a amar-me mais e a cuidar de mim mesma, a minha saúde física e espiritual evolui.
⇢Todos os sentimentos positivos que experimento na minha vida são um reflexo das minhas crenças amorosas sobre mim mesma e as pessoas ao meu redor.
⇢ Quanto mais focada estiver em sentir-me bem, mais sentimentos bons fluirão na minha vida. 
Essa é a Lei da Atração
⇢ Qualquer atitude ou pensamento positivo que praticar criará ainda mais efeitos positivos...

💓A minha vida é especial para o Universo. Sem mim, as coisas não estariam completas. Por isso, sou GRATA pela oportunidade de existir…

sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

aMAR o Natal


festas felizes                  https://www.youtube.com/watch?v=mput_1lVYus
    Reparo que já bloguei sobre a chegada do novo ano e ainda nem tinha escrito algo sobre o natal… ora bem, o que posso dizer sobre esta época festiva, cheia de luzes e música por todo o lado…acho que LUZ é VIDA, e a musiquinha faz sempre bem à Alma (até mesmo a de natal). Este é um período do ano lindo, mágico, que podia perdurar no tempo, mas a partir do dia 7 de janeiro apagam-se as luzes ohhhh
    Dezembro é o mês que obriga (a alguns de nós, eventualmente) a uma renovação interior, e exterior - arrumar coisas velhas ou jogar fora, e ficar apenas com as novas - pensando no novo ano que está para chegar. É o mês que nos pede para ampliar o coração e faz-nos acreditar que nele ainda cabe(m) muito(s) mais. É neste mês que no silêncio encontramos todas as respostas que precisamos, o mês que reforça a fé e que a multiplica em busca da PAZ como norte. É o mês que nos aproxima de um tempo maior, tempo de LUZ, tempo de poder fazer do (nosso) mundo um lugar um bocadinho melhor. O mês dos balanços, dos desejos, dos fins, das 365 voltas que demos. 
Dezembro é o mês que nos promete que ainda dá tempo. é o mês que traz uma LUZ que todos, pelo menos uma vez por ano, precisamos de sentir. Este é o mês de dizer muitas e muitas vezes: obrigada por tudo.
     Apesar dos contratempos, num mundo tragicómico como este, em que deixamos de acreditar em tanta coisa, e em tanta gente, precisamos de tudo o que nos faça SONHAR… o sonho comanda a vida e faz-nos acreditar que tudo vai ficar bem. Por que não?
    Infelizmente o Natal tornou-se uma festa de consumismo assente numa imagem fictícia e religiosa da família.Acredito que seja uma data maravilhosa para quem tem uma família grande, ou pequena, com crianças ainda melhor, em que as pessoas se estimam ao longo do ano e nestes dias convivem com alegria natalícia.
     Para mim Natal é todos os dias, como hoje, caminhando pela praia praticamente deserta num dia cinzento (há chuva prometida para os próximos dias). Não resisto a caminhar descalça pela areia dura e molhada, as ondas a molharem a minha roupa, quero lá saber. Cruzam-se comigo casais (estrangeiros, claro) que me olham e sorriem. Fico feliz e retribuo. Os semelhantes atraem-se.
Este é o meu natal simples, olhar o rosto de pessoas tranquilas e felizes, é contagiante, receber e transmitir algo de bom... Faz-me sentir acompanhada. O aMAR tem destas coisas. Depois sento-me encostada a uma rocha e (vício horrível) procuro a rede social para ver se há novidades e quase rebolo a RIR com certas coisas que leio. Podia gargalhar à vontade, ninguém me ouvia mesmo, rebolar na areia é que não dava muito jeito, depois iria tipo croquete para casa…
    Terei sido alguma sereia em outra vida? Descubro que sou louca por MAR, não por sol. Deste até tenho que fugir pois pode prejudicar-me. Tenho que pesquisar se há um nome próprio para quem é viciado em mar. Sol há em todo o lado, algumas ou muitas vezes ao ano, MAR só há em alguns lugares. E nunca me levem para longe dele.
     Assim é (ou foi) um dos meus 365 dias de natal, quando vai renascendo em mim algo de novo, ideias, o que for, sei lá, uma nova consciência de quem sou, e do que os outros representam para mim e eu para eles… volto para casa ‘alimentada’ e só apetece isto, estar só, escrever à toa, longe do rebuliço; não há dinheiro para andar a comprar presentes para quem eu gosto, também não espero nada de ninguém… porém, dá gosto retribuir, fico sem graça de receber e não ter para dar.
    Que a correria do Natal não nos deixe esquecer do essencial, do que não vem embrulhado em papel, do que perdura o ano inteiro, do que ocupa o espaço certo e bonito do nosso coração. Que a correria da maioria das pessoas não as distraia do que é mais importante, do que é autêntico, do que faz verdadeiramente a diferença, do que traz boa energia e do que muda a nossa vida para melhor, não apenas nesta época mas em todos os dias do ano. Que nada nos faça esquecer o que de verdade importa: MAIS SER, menos ter.

Se amo o Natal? Sim, natal com Mar eu gosto muito. Que o vosso natal seja de muito aMAR também.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

Wish List


Lista de desejos

Sábado de dezembro. Que bela tarde de praia, mas sem dar aquele mergulho, apenas caminhando na água, e iam passando por mim pessoas em biquíni e… ai que vontade! Mas vá lá, contento-me com a caminhada… parece que este ano o verão de São Martinho veio em dezembro… E há pessoas que já ‘morrem’ de frio e estão à lareira, vamos lá entender estas loucuras meteorológicas…

Tempo de começar a fazer uma lista de desejos para o novo ano, e pedir ao Universo que me sejam concedidos! Que eu continue a ser a mesma é o meu desejo menor, com tranquilidade, saúde, amizades, e depois… tudo o que possa acrescentar algo de bom à minha vida será sempre bem-vindo.  
Se alguma amiga (ou amigo) me perguntar o que quero receber de presente na época de natal, sempre direi que quero uma agenda ou um guarda-chuva. Dão-me sempre jeito, a primeira porque não vivo sem ela, o segundo porque detesto comprar chuços para perdê-los logo a seguir (mal os use, claro, basta parar de chover e deixo-os esquecidos em qualquer lado)… 
Uma boa amiga de muitos anos já comprou o meu presente deste ano, e adivinhei: um pijama! Tive que ser sincera, pedi para trocar por outra coisa; já lá vão uns quatro anos que ela me compra sempre pijama no natal, e já tenho stock deles. Ela foi querida, entendeu, e então comprou-me uma roupinha bonita na Zara. Sou uma felizarda, tenho amigas assim, como irmãs.

Caminhando, pensei que este ano gostaria de ter algo (Ambrósio, não é Ferrero Rocher não), se alguém me quisesse oferecer: uma pipoqueira, ou seja: uma máquina de fazer pipocas! (podia dar-me para pior, não acham?) Pois, é que ando na fase de querer fazer (e comer) pipocas… e agora?

Já comprei a minha agenda 2019, onde posso começar a planear o meu novo ano. Finalmente encontrei uma jeitosinha, na FNAC, sem ser grande, é fininha, com muito espaço para eu escrever, como gosto. Ao longo de 2019, espero enchê-la de momentos e experiências bonitas, sonhos concretizados, planos realizados, alguma viagem – quem sabe!

Que seja um ano próspero, para mim e para todos vocês. Não posso queixar-me deste que está quase a acabar, apesar dos dissabores... e até termina a deixar-me estranha, de pé atrás, a querer ser diferente (convém)...mas é porque vivemos rodeados de pessoas estranhas. Sinal dos tempos. 

Muita gente está louca para deixar 2018, e que venha logo 2019, mas...para quê apressar o tempo?

Compreendi que para ser feliz basta querer...
Aprendi que o tempo cura,
Que a mágoa passa,
Que a deceção não mata,
Que o hoje é reflexo de ontem...
Compreendi que podemos chorar sem derramar lágrimas,
Que os verdadeiros amigos permanecem,
Que a dor fortalece,
Que vencer engrandece...
Aprendi que sonhar não é fantasiar, 
Que a beleza não está no que vemos e sim no que sentimos,
Que o valor está na conquista...
Compreendi que as palavras têm força,
Que fazer é melhor do que falar, 
Que o olhar não mente,
Que viver é aprender com os erros...
Aprendi que tudo depende da vontade...
Que o melhor é ser nós mesmos...
Que o segredo da vida é VIVER!!!

(autoria desconhecida)

terça-feira, 4 de dezembro de 2018

Não provoque...


Estes dias conheci uma pessoa, possivelmente (mais) uma futura amiga, que há pouquinho tempo terminou um casamento de 40 anos. Pensei eu “mais uma para o rol das soltas e divertidas”... Será? Apesar de inserida numa família bastante tradicional e endinheirada, não aguentou mais a pressão de anos de ciumeira à toa, que ia piorando ao longo do tempo, ele oito anos mais velho.
Tomou essa decisão após uma grande luta interna, foi-se abaixo, emagreceu, e agora lá está ela, só, na sua casinha, a querer sair, rir, divertir-se, em suma: VIVER! E... por que tem que ser assim?

Também, outro dia comentava eu com um amigo que uma pessoa conhecida tinha deixado dois maridos, e ele questionou “ou ela é que foi deixada?”… depois argumentou “é que as pessoas pensam que deixam, mas há muito tempo já foram deixadas…” Pois é, deu que pensar. O outro já deixou de dar atenção, de dar carinho ou amor, de ser compreensivo ou competente em vários assuntos, por aí fora, e claro… o outro depois deixa… não aguenta mais, e às vezes leva anos a deixar, pois nunca mais nada volta a ser o mesmo.

E depois li algo sobre o tema “É quase uma epidemia ver tantas mulheres inteligentes e atraentes solteiras”… É verdade! Ultimamente vai crescendo o número de mulheres independentes, bem-sucedidas, divertidas, inteligentes e solteiras... Por que será que essas mulheres lindas, incríveis, não encontram alguém para estar ao seu lado? Um dos motivos será que elas aprenderam a valorizar-se e a ter consciência de si mesmas e de tudo ao seu redor, e decidiram que não perdem mais o seu precioso tempo com quem não lhes acrescente nada (e, quantas vezes, só atrapalha).
Outros motivos haverá:
- Não estão desesperadas por um relacionamento, porque isso deixou de ser o mais importante nas suas vidas; aliás, nunca estão sozinhas, e esperam o momento certo, até estarem totalmente preparadas.
- Como, durante muito tempo, os homens eram considerados os chefes de família, muitos deles não sabem lidar com uma mulher forte e independente, que não precisa de ninguém para cuidar dela. E isso, muitas vezes, deixa o outro inseguro, complexado.
- Ao estabelecerem altos padrões, e conhecendo o seu valor, elas só vão aceitar alguém se realmente for compatível.
- Não toleram joguinhos mentais, muitas vezes frequentes nos relacionamentos românticos. Colocam-se em primeiro lugar e preferem estar sozinhas do que com pessoas que querem manipulá-las.
- Não procuram a felicidade no exterior, porque já a encontraram no seu interior. As mulheres inteligentes e atraentes vivem as suas vidas com muita alegria e amor-próprio, e sabem que o relacionamento consigo mesmas é o bem mais valioso que possuem.
Pessoalmente, e falando com honestidade - achando que sou mais feminista do que outra coisa - concordo que a mulher conquiste o seu espaço no mundo, pois foi subestimada durante gerações… mas agora também não é preciso extrapolar… 
Como mulher, não quero ser mais ou menos do que o homem, apenas caminhar ao seu lado, dar e receber amor na mesma medida; gosto de ser mimada, e ser o centro do seu mundo, sabendo que nem sempre é fácil… (Ah esse centro do mundo, ainda tenho que blogar sobre isso)…
Pensar que um sexo pode viver sem o outro, seja lá por que motivo for, é um ensinamento pouco útil às gerações atuais ou vindouras e uma celebração triste da nossa existência enquanto espécie. A emancipação da mulher deve ser um motor de aproximação dos dois sexos e não da sua separação. Há muitos casais que ainda têm muito orgulho um no outro e isso é bom de ver, e saudável, um ótimo exemplo para os seus filhos. Todos podem coabitar em harmonia se souberem gerir as suas emoções, trabalhar em conjunto e dar suporte quando é necessário.
“O pior tipo de estranho é aquele que um dia você tanto conheceu”…

terça-feira, 27 de novembro de 2018

Amor cambalacho


Mais uma vez apetece-me escrever sobre o Amor, ai o Amor...
o verdadeiro, existe? 
certamente sim, mas não nasce ou aparece, ele é construído. Por isso, é de desconfiar, até assusta, quando ele nos surge assim de repente, sem mais nem menos, através de palavras e atitudes amorosas...

Alguns mitos:

Pensar que o amor 'romântico' é que é amor verdadeiro, há que desmistificar! - aquele romantismo com que nos educaram (especialmente a nós, mulheres), e também culpa do mundo do cinema e da literatura - que gostaríamos que existisse e durasse toda a vida... tão bom ver histórias de amor capazes de nos fazer sonhar, mas que raramente vamos encontrar no mundo real...

E ainda, por exemplo, “quando é amor é para sempre”: esta ideia não é inteiramente falsa, é inegável que muitos casais são capazes de manter vivo o sentimento que os une "até que a morte os separe". Porém os conceitos têm mudado ao longo do tempo e “a moda” agora parece que é ser feliz hoje. Às vezes existem amores tão fugazes, mas tão intensos, que valem a pena serem vividos por inteiro. Por que não?

Outro: o ciúme é uma prova de amor. No amor romântico, o ciúme é uma expressão de afeto. Essa ideia é muito arriscada, um sinal de dominação e desconfiança que constrói (ou destrói, mais cedo ou mais tarde) grande parte dos relacionamentos - tóxicos - que vemos com tanta frequência.

Amor é paixão: outra ideia característica do amor romântico, pensar que um relacionamento sem paixão não é um relacionamento real. Sentimentos que são levados ao extremo, onde a sexualidade encontra a sua máxima expressão, onde o afeto não tem meio termo. Falso mito, porque, como se sabe, um relacionamento passa por diferentes fases, podendo perder a intensidade do início, e depois dar lugar a uma intimidade e cumplicidade que liga ainda mais dois seres que se amam. 
Obviamente, isso não significa que não haja brigas de vez em quando. O que realmente importa é a honestidade na convivência quotidiana, onde há pequenas coisas que podem construir um relacionamento genuíno.
Há amor verdadeiro quando existe uma boa comunicação, onde a escuta é sincera, onde se pode falar de forma democrática, chegar a acordos. As forças são divididas e não há perdedores, há um equilíbrio e os diálogos são contínuos. Há apoio e reconhecimento de parte a parte. Os dois se respeitam e se valorizam com autenticidade, reconhecendo os pontos fortes e fracos de cada um. Não há desprezo, ironias ou humilhações, a consideração é mútua, permitindo assim o crescimento pessoal e, ao mesmo tempo, o amadurecimento do casal.

Porque às vezes o amor por si só não basta. Não importa a paixão, a atração ou aquela sensação que nos cega e nos “enlouquece”. Um relacionamento amoroso saudável precisa de mais do que isso para ser autêntico e duradouro, e o segredo está no esforço, na dedicação diária para construí-lo, em que ambos são capazes de juntar energias e formar uma dupla de sucesso. 

O amor verdadeiro é aquele que não faz mal e nos enriquece. Pessoas saudáveis, felizes e satisfeitas sabem que esse amor se nutre da cumplicidade e afeto sincero, todos os dias ambos idealizando um futuro comum, com sorrisos no meio de algumas lágrimas…

Amar (de verdade) não é fácil nem é para qualquer simples mortal: exige cuidados diários, sensibilidade extrema e autocontrolo exemplar… cuidar é amar com altas doses de generosidade; é deixar livre mesmo com medo de perder. 
Priorizar quem escolheu ficar e esquecer quem optou partir.

"Tudo o que começa rápido se acaba com facilidade,então acalma o teu coração e deixa o amor florescer e assim dar frutos de sentimentos bons."
https://www.youtube.com/watch?v=KBt36Bw7_8Q&feature=share

quinta-feira, 22 de novembro de 2018

Solidão não é um estado, é uma escolha!


      Parte dela começa a sentir uma espécie de… solidão? Está só mas não se sente só, então prefere pensar em solitude, é um sentir mais poético. A solidão é destrutiva, mas a solitude é edificante. Faz-lhe bem à alma desligar-se do mundo, contemplar as nuvens no céu ao cair da noite, as primeiras estrelas a aparecer, parar e apreciar a grande lua a espelhar-se no mar… enquanto passeia pelas ruas solitárias da pequena cidade à beira mar.
      Pode-se pensar que estar sozinho é sinónimo de infelicidade, tristeza, não realização da plenitude do nosso ser. No entanto, nada poderia ser mais errado, pois como diziam os antigos “a este mundo chegámos sozinhos e um dia vamos partir sozinhos.” 
      Habituou-se, e bem, a estar só. Aprendeu que não faria o menor sentido não ter uns minutinhos por dia só pra ela, para avaliar a vida, os seus objetivos, os seus sonhos. Praticamente seria como ir para um parque de diversões e não querer andar em nenhum brinquedo, com medo de tudo dar errado.
      Chega a casa e liga a TV, o rádio para ouvir música, ou mantém a rede social ligada. Algum barulho. Afinal, são essas as suas companhias diárias, e dessa forma poderá sentir “alguém por perto”...
      Nasceu no seio de uma família desestruturada, a todos os níveis, mas foi o que lhe calhou na rifa quando veio ao mundo, nada se pode fazer. Sem afetos familiares. Ninguém parece conhecer ninguém, assim sempre foi e nada vai mudar. 
      Portanto, é como se a sua solidão, ou solitude, fosse um estado, e não uma escolha. 
Quando festejava a conclusão do curso superior, estava sozinha. Quando adoece está só, deita-se e dorme, há-de passar. Quando chegam os aniversários, natais, fins de ano, já nem se importa… 
Na solitude tá-se bem… Importante é o que lhe vai na Alma. Afasta-se com facilidade do que lhe desagrada, ao mesmo tempo que também se envolve facilmente em encrencas. 
      Vivendo e aprendendo sempre, na faculdade da vida. Cansada de ver gente deslumbrada... mentes confusas, incoerentes...outras fingindo aquilo que não são e nem conseguem ser, ou pessoas que não se amam a si próprias e querem amar ou salvar o mundo – como? – gente estranha de algum modo, mas… pontapé daqui e dali, vai-se vivendo. 
      O individualismo instala-se, claro, como em todos aqueles que se sentem como ela, e assim caminha o mundo. Sendo honesta consigo mesma, nem pode queixar-se, afinal de contas: o que lhe roubam de um lado, o Universo compensará de alguma maneira. Por isso é feliz.

Um dia caminhando para o trabalho passou por uma linda casa, de cor amarela, cheia de SOL logo pela manhã, que tinha uma placa “vende-se”. Ficou encantada. Era aquela que queria, e como consegui-la? Jogar no euromilhões, só assim, claro! Jogou e ganhou muito dinheiro, o suficiente para ter aquela linda e solarenga moradia. Continuaria a trabalhar, para as despesas mensais. A partir de agora, já podia chamar as pessoas amigas para dividir com ela aquele grande espaço, ou mesmo familiares se aproximariam, quem sabe… Nada como ter uma casinha aconchegante, espaçosa, situada numa zona agradável, e poder partilhá-la, afastando assim a sua sensação de solidão… 
(despertou do sonho, acordada)

Claro que existem consequências de se querer estar sempre sozinho, como: não ter convívio social, não se dar uma oportunidade de ser feliz com outra pessoa, de viajar para outros lugares e de não conhecer algo que transforme as suas crenças em algo valioso para a sua própria felicidade.

No meio deste turbilhão de pensamentos e sonhos, é como se sente neste momento. Perdida entre sentir-se sozinha e estar sozinha. Tudo se mistura. Oh cabeça de mulher complicada!


sexta-feira, 16 de novembro de 2018

É complicado...

      Agora tenho as minhas dúvidas, contrariando o que já havia blogado antes. 


O amor supera a distância? 
Aprofundando mais o tema, há que avaliar primeiro que tipo de sentimento surge ou existe entre duas pessoas. Será o verdadeiro, desde o primeiro olhar ou toque, o primeiro beijo… ou não passou de mera atração física, uma novidade, a vontade de descobrir (mais um) outro…?
      
Se for um casal que se separa (obrigatoriamente, por algum motivo) depois de terem vivido uma relação de qualidade, e se passarem juntos todo o tempo que tiverem disponível - eventualmente enfrentando determinadas dificuldades e obstáculos, no início - a saudade poderá mesmo aprofundar o Amor que sentem um pelo outro. Vão precisar é de confiar mais um no outro pois não vão conseguir controlar-se mutuamente e a toda a hora. Uma relação baseada no respeito mútuo e honestidade, e no encontro de corpos para matar a saudade, de vez em quando, pode ser tudo de bom e durar uma vida (a dois).
Agora, quando duas pessoas se conhecem 'de repente' – quando parece que dá aquele “clic” de alma gémea encontrada - e em seguida terão que afastar-se, a coisa complica. Não há “amor” que aguente. Os silêncios prolongados perturbam, os fins-de-semana tornam-se vazios, a insegurança instala-se e, sem querer, essa sensação transmite-se ao outro. É certo que a internet encurta as distâncias, mas nada substitui a sensação de tocar a pele do ser amado ou desejado, de beijar o seu rosto ou o seu corpo, de passar as mãos pelo cabelo, de sentir o seu cheiro… O tempo vai passando, aumenta a vontade de conhecer melhor aquela pessoa que mal vimos, e ao telefone fica tão difícil a troca de palavras e de sentimentos, querer falar tanta coisa e nada se diz, ou mesmo através da rede social… Tão perto, mas também tão longe. Tão presente, e ao mesmo tempo tão ausente. Não é fácil. Provavelmente vão surgindo mal entendidos, desconfiança sem motivo, tudo o que pode acabar com o “amor” que mal começou… E que planos… que futuro é possível construir à distância…?
Em ambos os casos, é necessário investir tempo e recursos para sustentar um amor à distância. Exige equilíbrio e uma capacidade de confiar em si mesmo e no outro, características que cada um já deveria ter desenvolvido. (Matur)Idade também faz falta! Sim…então a partir de determinada idade, pior ainda, dá “medo” conhecer alguém…seja por que se está com mágoas de relação ou relações anteriores, traumas enraizados, insegurança, complexos disto ou daquilo, famílias ainda com questões por resolver, filhos eventualmente por criar… ok pode-se tentar, mas vai durar pouco, talvez horas, alguns dias, se o sentimento não for forte, e se não houver planos de coisa nenhuma… Mais vale ganhar coragem e ser-se honesto quanto aos próprios sentimentos. Não adianta insistir em algo que não tem futuro, mesmo que uma relação à distância soe como algo muito romântico...
O Amor não aparece de repente, ele constrói-se. E dói muito ter que ficar longe de alguém que queremos bem perto de nós. É um vazio que cresce no coração, uma nostalgia constante, que só o Amor de verdade alimenta e é capaz de trazer paz ao coração que vai morrendo de saudade.

Acredito que o Amor tenha mais chance de dar certo com aqueles casais (existem, e admiro-os) que desde bem jovens se conhecem e, apesar das adversidades da vida, continuam juntos anos a fio, conhecem-se bem e nada os afastará, pois a cumplicidade e afinidades criadas entre eles podem superar qualquer desatino. Sei lá, há de tudo nesta vida, as exceções, as regras… 

Com tantas tecnologias, quando será que o homem vai inventar uma máquina para se teletransportar?
Valeria a pena…

Tenho aprendido que o Amor não se mede por distâncias, mas na profundidade do sentimento que ele provoca em cada um. Nem toda a gente tem maturidade para aceitar bem uma relação à distância. 

Tive curiosidade e fiz um teste, e descobri que a tenho… eu bem digo… (que madura ando eu)!

E cada vez mais me convenço que a Amizade é a melhor prova de AMOR, nada se exige, apenas dá-se! (amizade = um amor que nunca morre). Vivam os Amigos!

"Não te apaixones por uma mulher que lê, por uma mulher que tem sentimentos, por uma mulher que escreve...
Não te apaixones por uma mulher culta, maga, delirante, louca. Não te apaixones por uma mulher que pensa, que sabe o que sabe e também sabe voar, uma mulher confiante em si mesma.
Não te apaixones por uma mulher que ri ou chora quando faz amor, que sabe transformar a carne em espírito; e muito menos te apaixones por uma mulher que ama poesia (estas são as mais perigosas), ou que fica meia hora contemplando uma pintura e não é capaz de viver sem música.
Não te apaixones por uma mulher que está interessada em política, que é rebelde e sente um enorme horror pelas injustiças. Não te apaixones por uma mulher que não gosta de assistir televisão. Nem de uma mulher que é bonita, mas, que não se importa com as características de seu rosto e de seu corpo.
Não te apaixones por uma mulher intensa, brincalhona, lúcida e irreverente. Não queiras te apaixonar por uma mulher assim. Porque quando te apaixonares por uma mulher como esta, se ela vai ficar contigo ou não, se ela te ama ou não, de uma mulher assim jamais conseguirás ficar livre
..."

(Martha Rivera Garrido – Poeta Dominicana)
https://www.youtube.com/watch?v=x7ttyQYBvXQ

segunda-feira, 12 de novembro de 2018

Dia do Mimo - 12 de novembro


A partir de hoje, para mim, claro! 
Até o SOL veio presentear-me com o seu calor, eu gosto... e mereço tanto mimo!
Sei que, se não fosse o Facebokas, algumas pessoas nem se lembrariam desta data, assim facilita e deixa a pessoa aniversariante feliz; e quando outras sem FB também se lembram, até nos surpreende. A vida é assim mesmo, tem destas coisas boas, no meio de outras que não interessam. 
A minha mãe ligou, agradeci por me ter gerado, depois pensámos as duas ao mesmo tempo, não sabemos se teria sido melhor não ter acontecido… mas foi o que sucedeu, e aqui estou eu, para o que der e vier! E para tudo o que já veio e já deu.

Por volta das 4h da manhã de hoje despedi-me dos 59. Deixo-os com um sentimento estranho - estarei eu a sentir o peso da idade? Penso que não, mas não consigo identificar o que é.  A verdade é que me sinto a mesma há muitos anos, até acho que melhorei com a idade, assim como o excelente vinho do Porto...Sinto que tenho evoluído em alguns aspetos, menos… naquela parte, como diz uma amiga, sempre a acreditar facilmente em tudo e todos, que nem uma tonta, a dar com a cabeça na parede, tropeçar cair e levantar, e vamos lá, a vida continua. Uma grande coisa tenho aprendido: a gostar MUITO de mim, e em primeiro lugar, sem querer tornar-me egoísta ou narcisista. E, pronto, se me custar muito dizer a idade a partir de hoje, ficarei pelos 59,99... nas lojas costuma funcionar.

E agora...o que fazer com esta idade, 30 em cada perna? Ainda uma jovem, sexygenária ou sexcelente, sempre com vontade de fazer muitas coisas e, se for possível, ao mesmo tempo haha… 
Ainda que esteja a entrar na terceira fase da minha vida - e não digo isto com um tom derrotista de que o mundo vai acabar. Não. Nada disso. Estou sendo realista. Se eu viver até aos 90 já poderei dizer que tive uma longa vida, intensa, e com muitos Momentos felizes. E vou querer vivê-la sempre da melhor forma possível, na minha autenticidade e alegria de viver.

Posso dizer que sou feliz porque amo e sou amada - sempre, e é bom enquanto dura - tenho dois olhos para apreciar a bela natureza que me envolve, dois braços para abraçar e ser abraçada, dois bons pés e pernas para caminhar muito... que mais posso desejar?

Um verdadeiro Amor...?....mas não quero um amor pequeno, quero Grande como eu, que me faça sentir que sou o centro do mundo, e Ele o meu; não gosto de coisa pouca, nem meio termo, quero mesmo aquele  AMOR que vem do coração, que a gente sente de verdade, não a mera palavra escrita... E não é fácil... Enquanto ele não chega, ou ainda está para nascer, vou é continuar a ser divertida, sonhadora – parar de ser inconsciente, se possível – e só ficará a meu lado quem aguentar comigo e com tudo o que me caracteriza. E vice versa.

Voltemos ao futuro... o que desejo? Tanta coisa e coisa nenhuma...

Quero poder tirar uns dias de férias fora daqui, longe de casa, sempre que houver disponibilidade de tempo e dinheiro. Férias de hotel. Férias de dolce fare niente. Onde quer que seja. Com quem quer que seja - ou sozinha...logo se vê.

Quero manter-me firme ao compromisso comigo própria de continuar a praticar exercício físico. Parei durante meses devido ao meu acidente com o pé, e agora tenho que retomar o gosto pelo mesmo. Sem desculpas de frio, calor a mais, ou preguiça.

Quero ser mais arrumada. Ahhh, pois é - eu, desarrumada, me confesso! - sou mentalmente arrumada e organizada, mas fisicamente sou um caos! Por vezes nem eu me entendo na minha própria desarrumação - e nem sabem o quanto eu sofro com isso...

Quero ter saúde, física e mental, que a minha mente continue a ser seletiva e só deixe ficar o que interessa, o que me faz bem. E se puder ajudar outros a conseguir o mesmo, a felicidade será plena. Não é fácil, mas possível. De cabeça limpa, quero escrever mais aqui. Enquanto escrevo solto os fantasmas.

E pronto. É isto. Durante os meus 60s vou ser ainda melhor, ainda mais feliz - porque graças a Deus (ou a quem vocês quiserem) eu aprendi e sei ser feliz com as pequenas coisas da Vida.

Até para o ano! Que é como quem diz...até amanhã!




Ahh e se alguém quiser mudar de idade, por que não? Tudo é possível hoje em dia:

quinta-feira, 8 de novembro de 2018

Viver = Aprender


Durante muito tempo acreditei que todas as lutas valiam o esforço, que todas as batalhas eram para eu responder ‘’presente’’, que todas as perguntas tinham uma resposta, e que todas as pessoas mereciam o meu tempo.
Depois, aprendi a guardar a minha energia para aquilo que me é caro: o meu coração em paz, a minha saúde forte, as minhas pessoas felizes, o meu tempo precioso.
Hoje, sei encolher os ombros para os rótulos, para os padrões que outros tentam impor, para as opiniões (perigosamente) generalizadas, para as pessoas que estão sempre à procura de guerras, para o que é suposto ser-se.
É no caos que descobrimos quem somos, o que queremos e do que somos capazes.
Com muito amor e com muita paciência fui aprendendo a trabalhar a minha intuição, a verdadeira voz do meu coração. e sempre que sinto (na pele) o aviso que ela me dá, sei o que devo fazer:

Parar. Respirar. E ir. Sem olhar para trás.

Respirar, acalmar e descomplicar.
Cultivar a alegria.
Agradecer os dias bons e as pessoas-luz.
Aprender a aceitar ser o-melhor-que-consigo-ser nos dias mesmo difíceis.
Confiar.
Acreditar no que de melhor está para vir.
Focar no lado bom.
Não perder muito tempo a entender.
Deixar o tempo dizer.
O que for para ser, vai (mesmo) acontecer.

Quando é bom para o teu coração, o mundo inteiro conspira a teu favor.

Mantra para todos os dias:
Que eu saiba permanecer apenas onde há amor.
Que eu saiba ser transparente no amor que dou.
Que eu saiba ser grata por tudo o que vem, mas que saiba também agradecer por tudo o que foi.
Que eu saiba fazer silêncio no meu coração sempre que tiver vontade de responder ao que é (só) barulho.
Que eu saiba respirar fundo e acreditar (muito) que tenho em mim a força que preciso para seguir em frente. Sempre.
https://www.youtube.com/watch?v=NSkboTTTmpg

quarta-feira, 31 de outubro de 2018

Halloween (ou Dia das Bruxas) em Portugal


Não acho piada a esta comemoração (de zombies e sangue a jorrar por todo o lado), mas para quem gosta de festa é mais um motivo para andar por aí mascarado, ou seja, por que não uma segunda versão do carnaval?


Dizem os estudiosos que, embora tenha sido popularizado pelos Estados Unidos, o halloween é uma tradição com origem celta: o Stamhain, que significava o "fim do verão". Era uma festa que começava no dia 31 de outubro e durava três dias. O povo acreditava que, nesse período, havia uma maior proximidade entre os mortos e os vivos: os espíritos voltavam para as suas casas para pedir comida e, para os receber, os familiares deixavam comida e bebida à porta de casa. Faziam fogueiras e usavam máscaras na rua. E, não só nesta data, conheço quem também no natal ou ano novo ponha na mesa um prato a mais, ou deixe para o dia seguinte a mesa recheada de coisas. Para “eles” virem comer... 
Há quem tenha assim uma forte ligação entre este mundo e o outro, entendo perfeitamente.

Apesar de ser um costume muito recente aqui, o Dia das Bruxas foi aceite facilmente pelos portugueses, havendo cada vez mais pessoas a celebrá-lo, e não são apenas crianças e jovens. As escolas promovem concursos e desfiles, os bares e discotecas organizam eventos. O comércio aproveita também e ganha dinheiro com a venda de vários artigos: as teias de aranha, abóboras, sangue falso, látex líquido para fabricar feridas, ou máscaras de palhaço assassino. Os mais procurados continuam a ser os fatos de vampiros e vampiras, lobisomens, bruxas, além de outros fora do comum, como personagens fictícias transformadas em zombies.

Se o intuito é meter medo a alguém, no mundo de terror em que se vive, já nada assusta, dá é para RIR. E isso é saudável, precisamos todos é de motivos para rir.
Deve haver crianças, as mais pequeninas, que sentem medo e será natural. O que não é saudável é negar o medo porque então ele passa a estar disfarçado por outra emoção como, por exemplo, o medo da rejeição que na adolescência aparece vestido de agressividade.

Assim, até se aproveita para trabalhar os medos...primeiro reconhecendo-os... por exemplo, para quem tiver fobia de baratas, teias de aranha, morcegos, palhaços assassinos, do escuro... pode ser que depois, com o hábito, os medos vão embora e as crianças (futuros adultos) passam a ser valentes, a quem nada pode assustar, estando prontas para enfrentar o mundo e o que há-de vir por aí…
Happy Halloween! Divirtam-se.

quinta-feira, 25 de outubro de 2018

No escurinho do cinema...



“A star is born” – Nasce uma estrela
“The Wife” - A Mulher

      Às vezes ando meses sem ir ao cinema, com muita pena minha, por falta de lembrança, de tempo, ou outra coisa qualquer. De 22 a 24/10, até ontem portanto, foi o festival do cinema com bilhetes a 2.50€ em todo o país e - claro - toca a aproveitar, sem desculpas! Fui ver dois filmes que gostei muito. Ambos, de maneira diferente, abordam temas sensíveis, de relacionamento, amor sofrido, que nos deixa a pensar: por que tem que ser tudo tão difícil e doloroso na vida, ainda mais quando se trata do Amor… incoerência dificil de assimilar…
      “A star is born”
      Já tinha ouvido falar muito bem deste filme, e ainda por cima protagonizado por Bradley Cooper (Oh my gosh, que feliz é a Irina ex CR haha),  então tinha que assistir a este em primeiro lugar. Não imaginava também ver Lady Gaga bonita na sua simplicidade, assim sem máscaras nem adereços, e como é boa atriz!
      O filme arrasa logo nos primeiros segundos com a energia de um solo de guitarra nas mãos do Bradley que me deixou boquiaberta Uaaaau começa bem! (além de lindo será que ainda toca de verdade?)… Assim começa a história, com desespero, pessimismo, cinismo, numa guitarra raivosa a querer destruir o mundo por não se conseguir tomar conta dele. E depois… todo o Amor  a ser vivido por duas pessoas que se apaixonam perdidamente uma pela outra, para o bem e para o mal. Dramalhão inspirador. Como a Vida, que é desmancha-prazeres. E nós, público, gostamos imenso disso: ver indivíduos imperfeitos que tentam a todo o custo recolher os cacos de si mesmos e reconstruirem-se ou, pelo menos, ajudar aqueles a quem amam. Quase podia encontrar alguma parecença com uma parte da minha vida, e não seria a única no mundo… “Qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência” (dizem, ou antes diziam…)
      O nosso amor, a nossa saudade do amor, a nossa necessidade de amor, a nossa carência de amor reconhecem-se no amor dos protagonistas. Chorei ao ver a personagem de Lady Gaga tentar a realização do seu sonho – uma carreira bem sucedida e premiada de cantora/compositora - com a grande ajuda do seu Amor, a Estrela que estava em decadência e queria passar o seu Brilho para quem amava. Lindo de morrer.

      Em “The wife”, drama protagonizado pela dupla Glenn Close e Jonathan Pryce, ela (a mulher)  representa a esposa que amou e viveu devotada ao marido, um escritor famoso. Porém, no momento em que ele se prepara para receber a maior honra da sua carreira, o prémio Nobel, ela chega ao limite da tolerância quanto ao comportamento abusivo e infidelidades do marido ao longo dos 40 anos. Confrontada por algumas verdades, percebe finalmente todo o egoísmo, machismo e repressão que a impediu de tornar-se uma escritora, sonho seu desde a juventude, quando sentia que não tinha talento suficiente para escrever (naquele tempo - séc. XX - as mulheres não tinham o mesmo crédito dos homens, e ainda há casos hoje em dia!), então entrega-se por completo ao marido, tornando-se a sua “âncora”.  
      É caso para dizer-se que por detrás de um grande homem há sempre uma grande mulher e, neste filme, por detrás da grande atriz que é Glenn Close há é uma história terrível que demonstra claramente como, em todo o mundo, muitas mulheres fizeram dos maridos grandes personalidades, quando o verdadeiro talento estava do lado feminino.
      Diz a atriz numa entrevista "Acho que muitas mulheres passam grande parte da sua vida a esconder a sua luz e a dá-la a outra pessoa, aos seus maridos ou parceiros, e acredito que é um ato de coragem uma mulher deixar a sua luz brilhar".
      Ir ao cinema é como viajar pelas grandes emoções, pelo sonho e fantasia, enquanto não temos tempo para vivê-los na correria da Vida que levamos (ou nos leva). Lembrando Shakespeare: “Enquanto houver um louco, um poeta e um amante, haverá sonho, amor e fantasia. E enquanto houver sonho, amor e fantasia, haverá esperança.

Sendo assim, a vida precisa dos sonhadores, já que sem eles, a luz a que os poetas dão o nome de esperança desaparece e a vida torna-se um lugar gelado, cheio de neblina e extremamente escuro. A vida fica sem graça e nós… Ah, nós paramos de sentir e tudo se torna mecânico e desprezível, pois, como disse, quem um dia conhece o céu, jamais se acostuma com gaiolas. Nós tão somente fingimos que nos acostumamos, porque não temos coragem para ser o sonhador que habita o quarto dos fundos do nosso peito e, assim, esses tempos tornam-se difíceis para os sonhadores, que não querem nada além da liberdade de poder enxergar nas pequenas coisas as maiores felicidades da vida.” (pensarcontemporaneo.com “São tempos difíceis para os sonhadores”)
      Escolhi dois filmes sem finais felizes, mas só o primeiro me fez chorar, felizmente não era a única… afinal, a vida nunca tem um final feliz, é desmancha-prazeres sim, por mais que nos esforcemos por vivê-la da melhor forma, com todas as futilidades implicadas. https://www.youtube.com/watch?v=bo_efYhYU2A
Carpe diem, what else?